terça-feira, 25 de março de 2008

472 JAMES LOVELOCK

James E. Lovelock

Nascido em 26 de julho de 1919, James Ephraim Lovelock é um pesquisador independente e ambientalista que vive na Cornualha (oeste da Inglaterra). A hipótese de Gaia foi sugerida por Lovelock, com base nos estudos de Lynn Margulis, para explicar o comportamento sistêmico do planeta Terra. A Terra é vista, nesta teoria, como um superorganismo.

Após estudar química na University of Manchester obteve um cargo no Medical Research Council do Institute for Medical Research em Londres.

Em 1948 obteve um Ph.D. em medicina no London School of Hygiene and Tropical Medicine. Tem conduzido pesquisas em Yale, Baylor University College of Medicine, e Harvard University.

Lovelock inventou muitos instrumentos científicos utilizados pela NASA para análise de atmosferas extraterrestres e superfície de planetas. Para Lovelock o contraste entre o equilíbrio estático da atmosfera de Marte (muito dióxido de carbono com pouquissímo oxigênio, metano e hidrogênio) e a mistura dinâmica da atmosfera da Terra é forte indicio da ausência de vida naquele planeta.

Em 1958 inventou o Detector de Captura de Elétrons, que auxiliou nas descobertas sobre a persistencia do CFC e seu papel no empobrecimento da camada de ozônio.

Energia Nuclear

Em 2004 surpreendeu ambientalistas ao afirmar que "Só a energia nuclear pode deter o aquecimento global". Para ele apenas a energia nuclear é uma alternativa realista aos combustíveis fósseis para suprir a enorme necessidade de energia da humanidade sem aumentar a emissão de gases causadores do efeito estufa.

Tanto que sua atual proposta, inclui um intercambio hídrico de temperatura nos oceanos, usando as águas profundas do golfo como agente de transferência, procedimento que resultará no aquecimento do fundo e esfriamento da superfície, como a água fria é mais pesada, mesmo que a circulação do agente transferência esteja ao próprio nível do mar, a única energia disponível, além da energia eólica, é fissão nuclear controlada.

No momento propõe que sejam instalados enormes tubos no fundo do oceano. Não existe à nível mundial, nenhum parecer de biólogos em respostas ao projeto e nem a quantidade de urânio enriquecido que seriam necessárias.

Extinção da humanidade

Escrevendo no jornal britânico "The Independent" em janeiro de 2004, Lovelock afirma que como resultado do aquecimento global no final do século 21:

"Bilhões de nós morrerão e os poucos casais férteis de pessoas que sobreviverão estarão no Ártico onde o clima continuará tolerável"

Ele afirma que, pelo final do século, a temperatura média nas regiões temperadas aumentarão 8°C e nos trópicos até 5°C, tornando a maior parte das terras agriculturáveis do mundo inabitáveis e impróprias para a produção de alimentos.

"Temos que ter em mente o assustador ritmo da mudança e nos darmos conta de quão pouco tempo resta para agir, e então cada comunidade e nação deve achar o melhor uso dos recursos que possue para sustentar a civilização o máximo de tempo que puderem".

Ponto de não retorno

Em janeiro de 2006 afirmou no "The Independent" que "o mundo já ultrapassou o ponto de não retorno quanto às mudanças climáticas e a civilização como a conhecemos dificilmente irá sobreviver". Ele acredita que os esforços para conter o aquecimento global já não podem obter sucesso completo e a vida na Terra nunca mais será a mesma.

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