É um comportamento adquirido: “aprendemos” a discriminar as sensações corporais, “aprendemos” a agrupá-las, opô-las, comprá-las, isolá-las, atribuir um caráter positivo ou negativo, a ajustar o limite de tolerância a elas, etc. E quando uma sensação corporal é traduzida como sintoma, se busca um agente terapêutica que possa “tratá-la”.
Dentro da perspectiva que estamos construindo, a Medicina faz, de certo modo, parte da Cultura somática de certos grupos de nossa sociedade, produz certo modo de interpretar o corpo e de falar dele e, deste modo, contribui para a produção de certo tipo de interpretação das sensações corporais que leva as pessoas a procurar o médico: é o que se chama competência médica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário