domingo, 5 de agosto de 2007

41 EMPÁFIA NÃO LEVA A NADA

é... empáfia não leva a nada
Basile é um representante da geração campeã no questionável título mundial de 1978... substituiu dois treinadores - Bielsa e Peckerman - que estavam fazendo a Argentina jogar bonito, sem ponta-pés e até respeitando os adversários...
"Côco" Basile, querendo mostrar serviço e engasgado com os 4x1 que o Brasil sapecou na final da Copa das Confederações, quando pintou o jogo em Wembley, apostou no Olé - jornal esportivo portenho - "essa é prá ganhar de 4"... tomaram 3x0 em tarde irrepreensível do escrete brasileiro com atuação de gala de Elano, que fez dois gols. Até então, esse havia sido o maior feito da seleção sob o comando de Dunga.
Agora, na final da Copa América, com o time completo contra um Brasil reserva e com a oportunidade de duas revanches - devolver uma goleada e vencer a Copa América - los hermanos mais uma vez sucumbiram à força do futebol brasileiro. Novamente levaram um 3x0... em outra atuação perfeita do time brasileiro. A seleção de Dunga, muito questionada pela mídia esportiva, conquista seu primeiro título, em cima do maior rival, superando a si mesma.
E Nélson Rodrigues derruba Marx. Posto que o alemão sentenciou outrora que "a História só se repete como farsa", mas sabemos não ter sido algo forjado, fake, especialmente pela vontade de ganhar dos argentinos, ainda que ela não tenha aparecido no campo, na hora em que mais precisavam. Nem sempre uma repetição na História é farsa... Pois é, como diria o profeta tricolor, "toda unanimidade é burra"... todo mundo parecia antever uma grande vitória da Argentina. Mas eis que o futebol brasileiro é forte demais!!
Quem dera que essa força se mostrasse sempre e nunca mais repetisse a pífia atuação de 2006 - tendo em vista o potencial daquela seleção. Mas contra os hermanos, o futebol brasileiro está vivendo um momento de revanches históricas.
Passamos e demos uma distanciada do rival em número de vitórias, num total de 91 jogos, vencemos 36 vezes contra 33 dos hermanos e 22 empates, eles se mantém à frente em número de gols, mas encostamos, 146 a 145.
Mas ainda estamos muito atrás dos argentinos na Copa América... incluindo os jogos pelos campeonatos Sul-Americanos, foram 32 jogos, vencemos 9 vezes, empatamos 8 e fomos derrotados 15 vezes.
O futebol argentino também é uma potência, ambos, Brasil e Argentina, somos os maiores exportadores do material humano do futebol: o jogador. O futebol argentino está sofrendo uma síndrome bem conhecida por brasileiros da minha geração: a síndrome da abstinência de títulos mundiais - esperei 24 anos para ver o Brasil ser campeão mundial, parecia que sempre o Brasil ia perder e por isso valorizo muito a conquista de 1994. Que tinha como capitão esse mesmo Dunga. Em 2010 farão 24 anos do último título argentino, o futebol argentino - ainda bom demais - vive uma crise, mas nunca podemos descartar a Argentina. Seria burrice e empáfia.
Empáfia não leva a nada.

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