EDGAR MORIN – O MÉTODO 3: o conhecimento do conhecimento
“Este conhecimento que visa à verdade, (...), a um conhecimento liberto das suas condições hitórico-sócio-culturais de formação, deve, (...), reconhecer as suas dependências em relação a essas condições. Deve ao mesmo tempo formular o problema das possibilidades da sua verdade, especialmente das possibilidades trans-históricas da sua pertinência.
(...) Se é verdade que tudo, em nossa época, está em crise, a crise concerne não menos profundamente aos princípios e estruturas do conhecimento que não impedem de perceber e de conceber a complexidade do real, ou seja, a complexidade de nossa época e a complexidade do problema da conhecimento.
Podemos até mesmo pensar que ainda não saímos da pré-história do espírito humano e que ao subdesenvolvimento do espírito corresponde o subdesenvolvimento dos indivíduos, das relações intersubjetivas, das sociedades, da humanidade...
O século de Stalin, de Hitler e de Hiroshima acreditou que tinha chegado ao estádio supremo do pensamento e da consciência: eis o signo do infantilismo do nosso pensamento e da nossa consciência, a impossibilidade de reconhecer o próprio infantilismo.
Diagnosticamos o atraso; ainda não conseguimos passar da complexidade inconsciente (do cérebro) à complexidade consciente (do espírito). Em conseqüência, a possibilidade de futuro baseia-se no que representa o nosso presente: o atraso do nosso espírito em relação as suas possibilidades”.
quem sabe a consciência do atraso (espiritual)
nos leve a reavaliar nossas opções
e a adotar uma postura mais ética
em nossos tempos,
ética parece algo anacrônico
quase uma doença
mas o mal continua o mesmo
a velha ignorância de sempre
"o homem é o lobo do homem"
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