As seqüelas da morte do bruxo
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Dada a alta linhagem dos envolvidos no assassinato, Nicolau II resolveu apenas puni-los com desterros benignos. O estrago à imagem da monarquia porém foi irrecuperável. No Natal seguinte, o do ano de 1917, o czar e toda a sua família estavam presos e, apenas quinze meses depois da retirada do corpo de Rasputin das margens do Neva, Nicolau II, a czarina e os filhos, foram passados pelas armas no dia 17 de julho de 1918, na cidade de Ekaterinburg por um comando de execução bolchevique, liderado pelo camarada Yurovsky. O fim brutal do bruxo, de certa forma, foi a antecipação, ainda que em dimensão bem menor, do que aguardava os últimos dos Romanovs.
Hoje, na Rússia pós-comunista, esboça-se entre os grupos de extrema-direita nacionalista um movimento de resgate da figura de Rasputin. Acreditam-no um tipo puro, o "bom selvagem" siberiano, místico e supersticioso, não contaminado pelos ideais racionalistas do Ocidente, um "russo puro", ao modo de Dostoievski, que a seu modo tosco tentou preservar a Santa Rússia das desgraças.
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