sábado, 5 de abril de 2008

491 FESTAS E CIVILIZAÇÕES - JEAN DUVIGNAUD

A história, ela mesma, é uma máscara, pelo menos a história que intelectualizamos, a história lógica, porque a outra, a que corresponde ao processo de mudança das culturas pela “libido”, não mais se mostra aos nossos olhos. Todos dizemos, sem maiores reflexões, que o homem perdeu a capacidade de alterar sua condição. A era barroca foi, irrefragavelmente, a ocasião em que o homem ocidental pôde desfrutar as suas qualidades naturais – pelo menos para tentar subjugar as crenças, as mitologias e ansiedades que, através da cultura cristã, desviaram a libido no sentido do trabalho produtivo. Foi assim que a repressão pouco a pouco identificou-se à própria realidade das sociedades.

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