Ogum era no céu a divindade responsável pela ordem e os exércitos. Por ter este importante cargo, foi designado por Deus a formar um grupo de homens e mulheres para descer a terra e mistura-los aos seres que aqui habitavam, a fim de “civiliza-los”, posto que os terráqueos eram naquela época (mais ou menos 25.000 anos atrás), muito atrasados.
Com seu jeito rude e auto-suficiente, não consultou os sábios do céu e nem fez preparativos. Apenas foi para a viagem, com 200 homens e 200 mulheres. Quando aqui chegaram não encontraram comida de nenhuma espécie, pois não havia árvores frutíferas naquela época, e os homens não plantavam nada. Os homens e mulheres que com ele vieram reclamaram de sua fome, e Ogum os mandou sorver a seiva dos galhos tenros das árvores, mais isso não lhes abrandou a fome. Ogum então forjou algumas ferramentas para a plantação, utilizando como bigorna uma pedra, mas era inútil, pois não havia sementes. Sua missão fracassou. Voltou para o céu, e 17.000 anos depois outra missão aqui chegou. Desta vez, trouxeram sementes. Somando a tecnologia que Ogum havia deixado na terra: arado, enxadas, pás, picaretas, facas, etc., se pôde imediatamente plantar e colher rapidamente, graças a mágica de Elegba, que acelerava o processo de crescimento das hortaliças e árvores frutíferas. E então foi finalmente reconhecida a importância de Ogum, que tornou-se a divindade patrono dos agricultores e dos ferreiros, e tinha o epíteto de Ogum Alagbede Orun (ferreiro do céu).
Nenhum comentário:
Postar um comentário